foto Simone Mattos - reunião final na EM Paula Buarque
O Projeto ESCOLA DA PAZ, trabalhando o conceito de CIDADANIA ESCOLAR, visa a resgatar a autoridade dos pais, o respeito à escola e o senso de protagonismo dos alunos, que passa por obediência e compromisso. Saiba como funciona no Caderno de Apresentação e Orientações, em link na coluna à direita. - - : denilsoncdearaujo@gmail.com
O PROJETO ESCOLA DA PAZ, POR MIM CRIADO, E NO QUAL ATUAVA EM REPRESENTAÇÃO DA VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE PETRÓPOLIS, FOI ENCERRADO.SE VOCÊ O ESTÁ CONHECENDO NESTA VISITA, FIQUE À VONTADE E VISITE O BLOG. HÁ MUITA COISA QUE PODE SER ÚTIL A VOCÊ, À SUA FAMÍLIA E À SUA ESCOLA. FOI UMA AVENTURA MUITO LINDA. COMPROVE.ESTAMOS REPENSANDO UM OUTRO MODELO A SER IMPLANTANDO, COM PARCERIA DA OSCIP "REVIVAS".POR ORA, SE DESEJAR ACOMPANHAR AS MINHAS ATIVIDADES E PALESTRAS, VÁ AO MEU BLOG PESSOAL: http://denilsoncdearaujo.blogspot.com/Obrigado! DenIlson Cardoso de Araújo.

sábado, 29 de junho de 2013

BONS EXEMPLOS

Boas notícias devem ser compartilhadas.
 
Postando as bonitas imagens da E.M. Sta Terezinha, lembrei que era importante registrar outras coisas bacanas.
 
Não vou dar os nomes, porque essas iniciativas me chegaram por mensagens. Mas acho que seria bom que quem viveu essas experiências ou tem outras pra contar se identificasse, dizendo como foi.
 
Um menino muito bacana, que é Agente da Cidadania, me escreveu pra contar como, na sua escola, ele ficou feliz e emocionado com a reunião que conseguiu realizar pra começar a organização da Associação de Alunos. E ele disse, com a maior pureza d'alma e no melhor dos sentidos: "Eu me senti como um deputado, um senador, sei lá!...". Ele se sentiu importante! E é isso mesmo! E olha que ele, que não é bobo, sabe separar o "deputado" que ele se sentiu (um cata que está fazendo acontecer, realizando o bem), dos deputados corruptos e que nos envergonham. Este nos orgulha! Parabéns, rapaz! Siga em frente!
 
Outra menina, também Agente da Cidadania, me contou da sua iniciativa de organizar os alunos para uma campanha no bairro. Os moradores não respeitam muito as latas de lixo, e há muito lixo onde não devia. Por conta disso, ela vai organizar uma mobilização com os colegas, para conscientização dos moradores,  e para reivindicar uma coleta melhor da Prefeitura. É isso, garota valente!!!! Cidadania na Escola da Paz, primeiro; e depois, a Escola da Paz sendo um farol de luz boa pra ajudar a comunidade!!! Parabéns, princesa! Não desista!
 
E sei de outra menina, também Agente da Cidadania, que resolveu se tornar conciliadora em brigas de alunos, e criou um método de acompanhamento das coisas da escola, de forma que até depredações eles registram. Da atitude dessa menina e de seus companheiros, conseguiram que uma mãe de aluno que danificou coisas na escola fosse até lá pra se desculpar e prometer o conserto do que foi estragado! Muito bom! Continue assim!
 
Sei que deve haver outros bons exemplos. Me contem. Se possível, me autorizem a divulgar quem e onde fez.
 
Este momento é decisivo. Uma parte dessa juventude está querendo acordar, e as manifestações dizem isso. Mas só ir pra rua gritar coisas legais não resolve. É preciso agir e mudar a nossa própria realidade, onde a gente estuda, na família em que vivemos, no bairro onde moramos. Vocês podem! Façam, então!
 
Espero que TODOS os Agentes da Cidadania tenham coisas pra contar. 
 
Debata, organize, realize, analise, compartilhe!!!!

OLHA QUE BONITO ISSO - A EM Sta Terezinha (em Vila Rica) botando o Escola da Paz na rua!

Bacana! A EM Santa Terezinha botando o Projeto pra funcionar! Muito antes dessa onda de manifestações, eles queriam já "botar o bloco na rua pra falar de paz! Ficou bonito isso! Parabéns!!!
 

Fala das Agentes da Cidadania nas salas
 

Voluntários para a Associação de Alunos
 

Galera organizando uma manifestação
 

Bolas brancas: Paz!
 

Vão caminhar? Aquecimento antes!
 

E aí o povo pelas ruas do bairro!!!!!

sábado, 22 de junho de 2013

UM DEPOIMENTO ADOLESCENTE!


O TEXTO QUE SEGUE foi escrito por Fernanda Mattos.Esta menina está no 2º grau. É minha sobrinha. Com muito orgulho, compartilho suas lúcidas e sinceras reflexões. Ela tem a coragem e a humildade de assumir o que a arrogância de muitos jovens (e adultos!) tem impedido: que as manifestações têm mais desinformação do que deveriam. E que devem ganhar o campo da luta institucional, para o que é necessário conhecer os caminhos!!!! Mas o bacana é que ela se propõe ao que é necessário. Fernanda acordou! Não quer ser manipulada. E você?


E O PENSAMENTO QUE ME RENDEU A MANIFESTAÇÃO DE HOJE...

por Fernanda Mattos

Hoje foi a primeira vez que tive a oportunidade de acompanhar inteiramente uma manifestação. Infelizmente de longe tudo é muito mais bonito. Quando você vê aqueles milhares de pontos nas fotos você imagina em cada um deles um brasileiro, indo à rua lutar por seus direitos, com a consciência renovada, ou mesmo em construção. Porém o que encont...rei hoje foram pessoas guiadas às ruas sem muitas vezes conhecer de verdade o motivo. Tiveram momentos em que me senti em meio a uma manifestação de maritacas, onde qualquer besteira dita era repetida pela boca dos demais como um hino e rapidamente estava ressoando em toda a massa.
 
Queria deixar claro, que eu mesma, não me excluo do grupo de maritacas, em diversos momentos eu senti como se devesse saber muito mais do que eu sabia, me senti perdida, incapaz de formar uma opinião sobre o que era dito por falta de informação. Em determinado momento, durante o protesto, um rapaz falou comigo sobre a PEC 33, e como ele ainda a considerava pior do que a 37 (motivo pelo qual foi organizado o manifesto na minha cidade hoje), e quer saber? Eu fiquei perdida, eu já tinha ouvido falar sobre essa emenda, mas não lembrava. Eu me senti envergonhada em estar tão alienada quanto a um assunto tão importante para o meu país.
 
Não sei quando foi que nós viramos as costas pro nosso país e deixamos essa bagunça se instalar, o que sei é que agora o gigante acordou, e é hora de mudar. Mas para isso não adianta sairmos às ruas com as caras pintadas, gritando hinos atrás de cartazes se não sabemos ao menos seus significados. Para que possamos exercer nossa cidadania e reivindicar nossos direitos precisamos antes saber o que isso significa e COMO lutar pelo que queremos.
 
Que a educação do brasil está uma merda, assim como a saúde e o transporte público, não é novidade pra ninguém. Mas saber disso não basta, precisamos entender porque isso acontece em um país que tem uma das maiores cargas tributárias do mundo e consequentemente um dos maiores montantes para investimento nessas áreas.
 
Então, eu pergunto, por quê? Mas essa resposta é fácil para todos, a culpa é da corrupção. Então lá vai mais um pergunta: Se a revolta é contra a situação do país, e sabemos que essa situação é gerada pela corrupção, por que esse problema ainda não está resolvido?
 
E é aqui que vai minha teoria, conhecemos o problema, conhecemos a sua causa, mas não sabemos como lutar efetivamente contra ele. Como podemos lutar contra a organização de um estado se não a conhecemos a fundo? Além de sairmos para os protestos, devemos sair conscientes, devemos saber como funciona na prática a gestão do nosso país. Onde estão os erros? Em quais órgãos? Na câmara? No Senado? Em todo lugar? Como fazemos para arrumá-los? Quais são as ferramentas de que dispomos?
 
Mentes mal informadas, são facilmente manipuladas. E é isso que vai acontecer enquanto nós mesmos não soubermos as respostas para cada uma dessas perguntas, seremos manipulados, jogados de um lado para o outro por partidos que tentam beneficiar a si mesmos. E não os culpemos por isso, afinal, é disso que se trata política, a busca pela defesa de interesses, cada um lutando pelo que favorece a sua causa.
 
Agora é hora do povo brasileiro lutar pela sua causa, então vamos fazer isso dentro e fora das ruas, vamos nos informar mais, estudar mais, saber mais! Só assim poderemos lutar melhor, reivindicar melhor e melhorar o Brasil!
 
Orgulho de ser Brasileira, orgulho da galera de Três Rios, o primeiro passo foi dado!

quinta-feira, 20 de junho de 2013

SUGESTÃO DE ORIENTAÇÃO SOBRE AS MANIFESTAÇÕES

++++++++++I M P O R T A N T E +++++++++++++
- - - SUGESTÃO DE ORIENTAÇÃO A PAIS, PROFESSORES, PASTORES - - - -------------(a pedidos, a apresento)-----------


AS MANIFESTAÇÕES NO BRASIL, HISTÓRICAS, ESTÃO, ENTRETANTO, SE ABRINDO EM LEQUE PERIGOSO. O que era reivindicação específica (redução das passagens), abriu-se a um civismo amplo, mas está começando a ser tomado por todo tipo de oportunismo. E nessas horas, é difícil separar o joio do trigo.

POR ISSO, RECOMENDO CUIDADO, CAUTELA E RESPONSABILIDADE A TODOS OS ADOLESCENTES E PAIS DE ADOLESCENTES QUE PRETENDEM PARTICIPAR DA MANIFESTAÇÃO DE AMANHÃ. Temos visto que o que é pacífico e belo, muito rapidamente pode ser irresponsável ou violento. Uma das razões disso acontecer é o fato de haver muita insatisfação justa e correta, e graves problemas na direção do movimento. Os problemas na direção do movimento se mostram assim: ou completa falta de direção, ou excesso de direção, iu seja,m muita gente dirigindo, o que significa ninguém.

A BANDEIRA DE LUTA PELA REDUÇÃO DAS PASSAGENS DOS ÔNIBUS JÁ VOI VITORIOSA EM GRANDE PARTE DAS CIDADES. O MOVIMENTO COMEÇOU POR ISSO. O CORRETO ERA QUE TERMINASSE COM ESSA VITÓRIA. As outras reivindicações deveriam ser pautadas em encontros de lideranças para que se retomasse o movimento de forma consistente e consequente, por causas nítidas e corretas.

TENHO VISTO MUITAS LIDERANÇAS (PAIS, PADRES, PASTORES, PROFESSORES) NO EQUÍVOCO DA INGENUIDADE, ESTIMULANDO A PARTICIPAÇÃO ADOLESCENTE - - - SEM REFLEXÃO!!!! Isso pode fazer de muitos jovens massa de manobra. Muitos podem se machucar, na frustração ou na manipulação de que podem ser vítimas.

Por isso, - ---------------- - - SUGIRO, como ORIENTAÇÃO - --------------- - - .

1 - NÃO INIBA seu filho de participar. É saudável que ele tenha esse "batismo" num dos atos básicos de cidadania, que é a manifestação popular. A história esta acontecendo e é bom que ele participe.

2 - MAS ESCLAREÇA a ele que esse é apenas UM dos atos da cidadania, não o único. Não se faz o país o tempo todo com a multidão nas ruas. Há que fazer os partidos, os sindicatos, as organizações, os grêmios, as associações que dêem cara e responsabilidade ao movimento.

3 - É BOM TAMBEM QUE VOCÊ SAIBA, sendo, por exemplo, evangélico ou católico, que existirá ao lado do seu filho alguém que poderá gritar a favor do aborto, pela derrubada do governo, pela liberação do casamento gay, pela liberação das drogas e mais múltiplas coisas. Assuntos sobre os quais você deve orientar e conversar com o seu filho.

4 - SUGIRO AINDA QUE SEU FILHO VÁ ORGANIZADAMENTE à manifestação, em grupo. Se puder, vá com ele. Ou estimule a que ele combine uma ida conjunta, que vá ordenadamente, com cartazes e bandeiras adequadas. Ir junto com um grupo (em que, de preferência, haja algum adulto) permite que seu filho troque ideias, se proteja e ajude a proteger.

5 - SUGIRO AINDA QUE HAJA UM TETO LIMITE DE HORÁRIO para permanecer na manifestação. Temos visto que o vandalismo tem crescido muito ao fim das manifestações. Isso tem a ver com a falta do clímax do evento (um comício, com discursos, essas coisas), que dá a impressão após a caminhada de que ainda há algo a fazer. Daí as pessoas ficam andando meio sem rumo, e isso dá margem a muitos abusos que acabam ocorrendo.

6 - SUGIRO AINDA QUE, NO RETORNO, haja uma conversa familiar e entre os amigos da escola, do clube ou da igreja, conforme o caso, sobre a experiência e sobre os temas da manifestação. É hora de o Brasil inteiro discutir as mudanças necessárias e os caminhos para isso, inclusive alertando-se para caminhos perigosos.

Permitam-me, por fim, sugerir ainda, caso lhe interesse, a leitura da sequência de textos que venho postando no meu blog sobre o tema das manifestações. (especialmente o mais recente: "Sonhos em Jogo")

Deus abençoe a todos!

SONHOS EM JOGO

 
Denilson Cardoso de Araújo

  A falta de comando das manifestações – civicamente belas em sua maioria - nos faz adentrar terreno muito perigoso. Estar na rua como objetivo em si. Manifestação, não como meio tático que sempre foi, mas como alvo a realizar. Vimos que, recolhidos os pacíficos, e sem policiamento adequado ao que estava por vir, os vândalos de carteira, os punks de profissão, os canhestros revolucionários giratórios, os anarquistas violentos, e mesmo os simples bandidos aproveitadores, fizeram valer sua fúria. Acuaram funcionários públicos, depredaram patrimônio público, destruíram e saquearam lojas.
 
  O PT nos fez retroceder às vésperas do século XX. Não tínhamos organizações da classe trabalhadora. As revoltas eram assim, pólvora espalhada que se acendia a um estalar de dedos, sem controle, por massas informes. Ao trair seus seus primeiros ideais, o PT sequestrou toda a estirpe de lutadores cujo pedigree herdara, e que o construíra, toda a história, todas as lideranças que em torno dele se agregaram, todas as organizações. Levou tudo, e amarrou ao pé da cadeira da Presidência. Por isso não se viu passeatas e revoltas contra o Mensalão. Os canais possíveis estavam obstruídos. E o Bolsa Família garantia silêncios na clientela de base.
 
  Os jovens de classe média tiveram o mérito de romper esse cerco e botar a boca no trombone. Mas eles não são uma organização. O Movimento Passe Livre não demonstrou capacidade de comando para o tamanho do que começou, e nem podia ser diferente. Certamente haverá meia centena de outros agrupamentos não tão visíveis, que estiveram aí pelas ruas. Mas não chegam a, juntos, constituir organização, com experiência e estrutura capaz de dirigir o que está por vir.
 
  Cabe-lhes dar um passo adiante e constituírem grande frente que, inclusive, proponha, sim, opções eleitorais. Não têm força para romper com esse mecanismo inevitável e necessário. Cabe-lhes perceber que a partir de agora o que desune essas massas da rua é mais amplo do que o que as uniu. Gritos de “Fora Dilma” parecem estranhos, ao lado de gritos pela liberação das drogas. Parecem esquisitos gritos que pedem redução de impostos, ao lado dos que pedem melhor Saúde. Parecem estranhos gritos contra “comunistas”, próximos aos gritos de “o Brasil acordou” manifestados por aglomerações de gente das elites que caminharam pelas ruas e vai sair dali pra marcar as férias em Miami. Gente que nunca usou transporte público e que não estará disposta a abrir mão do utilitário importado. Gente que foi apedrejar a Prefeitura  paulista usando camisas de marca importada, corpos de academia e máscaras contra gás que ao povo não é dado adquirir.
 
  Eu, que honrei e elogiei o manifesto de segunda-feira no Rio de Janeiro, me sinto autorizado a dizer - nessa extensão perigosa do movimento - que fascistas já puseram gente na rua também. O nazismo pôs muita gente na rua. Franco botou muita gente na rua. Gente na rua não é, por si só, signo de qualidade de nada. Gente na rua não é credencial de pureza ideológica e sequer de nobres propósitos. Massas humanas sem controle são imbecis. São linchadores. São depredadores. Linchadores e depredadores não fazem revolução. Fazem retrocesso, sempre fizeram.
 
  Preocupo-me com os jovens humildes que sentiram se abrir possibilidade de futuro mais digno. Preocupa-me que sejam usados, engolidos e esmagados. Porque, como ocorreu nos anos 1970, muita gente de classe média pode, após atear fogo ao circo, ir esfriar a cabeça em Paris, enquanto o menino da escola pública vai ter que amargar por aqui mesmo o pão que outros diabos lhe amassaram.
 
  Corre-se o risco de cometer, e é nesse território que adentramos, “ditadura” do pessoal das ruas, oprimindo os que precisam correr diariamente atrás do pão diário. Não podemos esquecer que estes governos estão feridos, mas mortos não estão. Não creio que ocorra, mas ainda teriam força para chamar os bolsões dos assistidos pelos seus programas sociais para irem também às ruas. E aí, ruptura completa. Enfrentamento e desastre. Espero que não se pretenda isso.
 
  É hora, inclusive, de dar descanso à militância mais aguerrida e consequente. Sim, porque movimentos como este, que dão tensão, adrenalina, e passam pela alegria, pela euforia, resultam em esgotamento emocional e físico. Há que recuar, para que energias se reponham, o físico se restabeleça, o coração se acalme e o cérebro tenha alguma chance de processar tudo isso. Vi muita coisa dar errado em movimentos longos, porque o cérebro não mais funcionava. E a racionalidade não pode ser vencida pela passionalidade inconsequente, por mais bem intencionada que seja.
 
  Temo, e digo com todas as letras, o risco de um cadáver. Um “Edson Luís” (o menino que foi morto pela polícia no Restaurante Calabouço nos anos 1960) nunca é bem vindo. Um cadáver jamais é bem vindo. Mas hoje, um cadáver, de menino ou de policial, seria a notícia pior que este começo de século poderia nos reservar. Macularia de luto  indelével as canções da primaveril Rio Branco de segunda-feira.
 
 Você, que participou, que organizou, que caminhou, rogo que pense nisso. Hora de recuo é hora de recuo. Bons exércitos sabem a hora de voltar ao acampamento para reorganizar o retorno mais certeiro ao front. Quem persegue adversário até o aniquilamento, muitas vezes penetra tão fundo no território inimigo, que acaba cercado, perde o caminho da volta, e é destruído.
 
  Há sonhos demais em jogo. E sonho é coisa preciosa. Não deixem que sejam destruídos por falta de humildade, liderança, solidariedade, senso de estratégia e comando. É hora de recuar e celebrar a vitória obtida. E preparar sobre essa brasa boa que se acendeu as fogueiras da aurora que pode chegar amanhã. Para isso é preciso juntar os gravetos. Há gente que já fez isso antes. Que sejam ouvidas. Os jovens não precisam reinventar a roda.
*.*

Tão logo postei este texto, fiz o comentário seguinte numa troca de ideias no facebook. Vai aqui, porque reforça o raciocínio acima: - - - Existem coletivos que chamaram as manifestações. O único jeito é eles se reunirem e constituírem um comando para o recuo e estabelecimento de pauta para futuro avanço ordenado. Esse negócio de militante mascarado, ainda que de "V", é bonitinho e tal, mas é ridículo politicamente e pouco eficaz. Tem que mostrar a cara, ter nomes, ter responsabilidade. Botar bloco na rua é fácil, difícil é retirá-lo em ordem. E precisa ter humildade de ouvir quem já passou por isso. E aceitar, inclusive à mesa os partidos, sim. Mesmo que sejam segmentos de alguns partidos. Este exclusivismo utópico pode dar em nada. Ou pode dar em inocentes úteis.
 *.*
(esta crônica é um extrato que adequa o texto anterior
- "Entramos hoje em terreno perigoso - Sobre as manifestações"
- para publicação em jornal)

terça-feira, 18 de junho de 2013

CARTA AOS ALUNOS DAS ESCOLAS DA PAZ


Petrópolis, 18/06/2013
 
 
Caros Agentes da Cidadania Escolar e alunos das Escolas da Paz
 
 
Se tudo estiver correndo bem nos corações de vocês, imagino que a maioria deve estar muito otimista e feliz com as manifestações que ocorreram ontem (17/06), no Rio de Janeiro e no Brasil.

Realmente, ontem - tirando os vandalismos (e covardias) que aconteceram ao fim do dia, em algumas cidades - houve uma manifestação bonita. Foi histórico!

Vocês sabem como cobrei e cobro postura e atitude da geração de vocês. Geração de idiotas. Mas ontem apareceu uma luzinha no fim do túnel. Uma esperança de que surja uma geração de verdadeiros vencedores. Vocês puderam ter uma vaga noção do que foram os movimentos (pela abolição da escravatura, contra a ditadura, a campanha do “petróleo é nosso”, o “fora Collor”), que sempre mencionei e descrevi para vocês nas minhas palestras.

Devo dizer que a manifestação de ontem, entretanto, só deu certo porque os jovens que a comandaram - de forma muito equivocada na semana passada - começaram a ter a humildade de aceitar e ouvir opiniões dos mais velhos. Os mais experientes em manifestações ajudaram os menos experientes. E, por isso, com os jovens nos comandos, orientados pelos mais velhos, vimos algo mais democrático, que foi a presença de adultos, idosos, crianças, famílias, participando das manifestações.

É assim que deve ser. Orientem-se sempre com a experiência dos mais velhos! O que reforça nossa conversa sobre o respeito aos mais velhos, professores e pais!

Outra coisa sobre a qual peço a vocês que pensem com atenção. Sei que muitos devem estar ansiosos por realizar coisas, participar, de alguma forma.

Isso é bom. Mas também, se você não toma cuidado, pode ser perigoso. A vontade de fazer algo de bacana, somada à inexperiência, pode levar muita gente a entrar em furadas. Nessas horas surgem oportunistas que querem tirar proveito político, partidário, afora os que querem empurrar o pessoal para atos de violência e vandalismo. E os que vão querer que nas escolas aconteçam protestos e ações contra diretores, professores ou coisa parecida.

Muita calma nessa hora. Participem daquilo que for correto. Procurem se informar para que não façam besteira. Peçam conselhos aos mais experientes. Há professores com experiência de mobilização que podem orientá-los.

E, mais importante do que tudo, não se iludam, achando que, porque jovens foram para as ruas e fizeram essa bonita manifestação, essa geração já foi resgatada. Não foi. Permanece ainda, por aí, o bullying, o funk pornográfico, o abuso, a violência, a busca de drogas, de vandalismos, de bagunça e sexo precoce. Tudo isso tem que ser combatido.

A tarefa principal de vocês como geração é resgatar as próprias vidas e a paz na escola. A revolução melhor que se pode fazer é aquela que ocorre dentro da gente, depois se estende pro nosso lar, pra nossa escola. Aí é que estamos, então, prontos pra transformar o mundo.

Com essas palavras que espero sejam recebidas com o mesmo carinho com que as escrevi, deixo aqui meu abraço a vocês, que serão “Geração de Vitoriosos”!!!!
Denilson Cardoso de Araújo
Projeto ESCOLA DA PAZ

O VÍDEO de abertura da cerimônia de 12/06/2013

segunda-feira, 17 de junho de 2013

SOBRE AS MANIFESTAÇÕES DESTA SEGUNDA - SUBIU-SE UM DEGRAU!

Denilson Cardoso de Araújo

HOJE, TENHO QUE ADMITIR, E O FAÇO COM MUITA ESPERANÇA E ALEGRIA, que esse movimento difuso e confuso, começado por conta dos aumentos de ônibus SUBIU UM DEGRAU RELEVANTE. E, a continuar assim, pode merecer, realmente, entrar de forma digna e significativa na história do país.

CONTINUA UMA COISA PLURAL, no sentido fraco, ou seja, pauta aberta, de pontos mil, nem sempre interligados por discurso coerente. Uma espécie de mobilização da ira coletiva e inconsciente, tipo a que ocorreu no filme “Rede de Intrigas”, em que o personagem – um âncora de TV – surta no ar e pede a quem o assiste que vá à janela da sua casa e grite seu inconformismo. Vira uma gritaria que enche a cidade. Temos hoje mobilização desse tipo, difusa.

HÁ OS CONSCIENTES, que querem dar organicidade a esse movimento, e que – é preciso realçar – por mais que se esforcem para despersonalizar ou para impedir alguma forma de organização que espelhe um comando, que dê cara ao movimento, disso não escapará. Há os que são mesmo contra o aumento de ônibus. Há os que ampliam esse debate e protestam contra o transporte público, em geral. Há os que são contra a corrupção, o mensalão e os mensalinhos. Há os que são contra a iniciativa governamental de reduzir o poder de investigação do Ministério Público. Há os que são contra os gastos da Copa do Mundo. Há todos que realçam a precariedade dos serviços de saúde e educação. Há os que reservam palavras de ordem contra a Presidente e contra seu partido. Há os que lutam por moradia. Há de tudo.

NO FUNDO, DISCUTE-SE UM MODELO. O sistema capitalista, especialmente no molde periférico e neoliberal aqui praticado com chancela petista, é que – salve salve – se demonstra em xeque, em nova e nítida crise. Talvez a maioria dos militantes ainda não perceba de que é disso que se trata. Mas como pensar em melhorar a saúde sem atacar a sua privatização? Como pensar em passagem de ônibus barata ou gratuita, como quer o Movimento Passe Livre, sem atacar os lucros dos empresários, sempre corruptamente emparceirados com setores dos governos? Como pensar em melhorar a educação pública, sem atacar a privatização do ensino e o abandono das escolas públicas?

DAÍ SURGIRÃO AS CONTRADIÇÕES, porque, sim, ainda me parece um movimento primordialmente de classe média. E a classe média não tende a combater de verdade o capitalismo. Mas manifesta-se a classe média, porque o Partido dos Trabalhadores, no radical processo de rasgar seu antigo Programa, desde a Carta aos Brasileiros (assinada por Lula, Palocci e Dirceu), preferiu deixar intocada a grande empresa e a grande fortuna, para realizar repartição de renda a partir do empobrecimento das camadas médias da população. Deu algo a quem nada tinha, tirando algo de quem tinha um pouco, e não mexeu com quem tinha demais. Os segmentos médios (profissionais liberais, funcionários públicos, pequenos empresários) foram constantemente desconsiderados, quando não, violentamente atacado pelos governos petistas.

CLARO QUE HÁ O FATOR BOLSA FAMÍLIA. E, lógico, isso ainda dará lastro para as aventuras eleitorais petistas. Mas o fato é que a vaia a Dilma na abertura da Copa das Confederações, somada às manifestações grandiosas do dia de hoje, fizeram uma grave fissura na estrutura de intocabilidade que dava essa arrogância de infalibilidade aos papas do petismo. Periga ocorrer de os estrategistas do Partido encaminharem o discurso do medo: medo da perda do Bolsa Família, essas coisas. O que, além de ser mentira, será péssimo, porque poderá rachar o país, ressuscitando modos de campanha ricos x pobres, espertezas de triste memória.

MILITANTES PETISTAS, ONTEM, SE QUEIXAVAM PERPLEXOS, dessa explosão de revolta que as ruas acolheram. Indignaram-se com as vaias a Dilma. Muitos disseram que esses jovens não conheceram o período pré-Lula, em que a inflação era descontrolada, atribuindo a inflação baixa ao petismo, o que, todos deviam saber, é rematada mentira. Mas revela-se a falta de argumentos da militância que não percebeu que o partido efetivamente não realizou as mudanças a que se propunha quando surgiu e estabeleceu sua trajetória digna... que se perdeu quando deixou de lado um plano de transformação do país, para acolher um plano de busca e manutenção do poder.

MAS HÁ MAIS A SAUDAR NO DIA DE HOJE. As manifestações, a crer nas imagens da TV, tornaram-se hoje uma coisa plural também no sentido positivo. Às lideranças juvenis e a massa de jovens, somaram-se famílias, senhoras e senhores. Tudo indica que a prudência comandou as ações dos comandos, e que estabeleceu-se, minimamente uma hierarquia, comissões de articulação e negociação. Houve humildade das lideranças, que ouviram alguém mais experiente. Alguma inteligência se estabeleceu nas articulações. Ingenuidades equívocas, como aquela coisa de enrolarem-se na bandeira brasileira porque supostamente isso impediria a repressão, foram abandonadas. Isso resultou em manifestações impressionantes, controladas e pacíficas, no geral Os pequenos incidentes, as insurgências de um ou outro apedrejador aqui e ali não macularam o todo.

POIS BEM. COMANDOS IDENTIFICADOS, SURGE A POSSIBILIDADE NEGOCIAL. E parece que a polícia assim reconhecendo, fez o correto. Além de encostar as balas de borracha, procurou tais lideranças e essas foram respeitadas, tivessem elas 16, 23, ou 40 anos. Os dois lados, nesta semana, parecem ter isolado seus radicais, e, com isso, um ganho democrático se estabeleceu. Lembro que, sempre que ajudei mobilizações de jovens, fiz questão de ensinar o que aprendi muito cedo. Todo movimento tem que ter sua própria segurança interna, para impedir ou evitar os transtornos, os infiltrados, tudo que pode denegrir o movimento e desviá-lo de seus focos.

ENFIM, EU – E QUEM OUVE MINHAS PALESTRAS SABE – QUE SEMPRE CRITICO A FALTA DE PROPOSTAS, DE ENGAJAMENTO E DE SERIEDADE DESTA GERAÇÃO, hoje enxerguei uma bela lamparina no fim do túnel. Um muro que confinava esta “geração de idiotas” foi rompido por todos aqueles jovens que parecem não desejar mais ficar à mercê das manipulações do mercado e do imediatismo à que sua geração foi entregue. Se demonstraram superiores à idiotia geral. Pode ser isso o começo de uma geração de vitoriosos. Que essa lamparina vire auroras, é o que sinceramente desejo.

SEI QUE HAVERÁ AGORA ENCRUZILHADAS. O movimento difuso periga até se dividir, exatamente pela aparente falta de liderança coesa e com pauta determinada. Mas o dia de hoje já está dado. Escrevo enquanto ainda ocorrem escaramuças menores, aqui e ali. Mas no saldo geral parece que as manifestações foram vitoriosas, no sentido de conquistarem as ruas, conquistarem simpatia, isolarem os radicais irresponsáveis e realizarem a cidadania.

FOI O BATISMO “DE FOGO” DE MUITOS JOVENS QUE ACORDARAM PARA A MILITÂNCIA. Que não parem por aqui. Que sejam guerreiros do bem. Que combatam, em seus próprios pares de idade, esse oba oba de balada, sexismo barato e rave que vem destruindo uma geração. Que chamem às falas seus companheiros de geração, dizendo: “temos um país a construir!”. Que aprendam a força da organização e do debate prévio à manifestação. Que provem que a internet pode ser efetivamente uma força de reflexão, e um facilitador de mobilização, mas que jamais esqueçam a importância da presença física entre companheiros que debatem, se integram e interagem. Sim, porque o degrau subido hoje só foi possível depois de uma semana atribulada, de um movimento confuso e difuso, que perigava naufragar em seus erros e contradições imediatas. A presença física nas ruas, gente que nas ruas se viu e se reuniu pela primeira vez, permitiu alguma organicidade que encaminhou o que hoje foi bem sucedido.

AOS MEUS QUERIDOS ADOLESCENTES, AOS QUAIS SEMPRE COBREI POSTURA E REALIZAÇÕES, espero que especialmente o dia de hoje fique como marco. VOCÊS PODEM REALIZAR! Vocês podem mudar a realidade! Vocês podem ser vitoriosos!

MAS LEMBRO AOS AGENTES DA CIDADANIA ESCOLAR, AOS QUE FORAM CONSELHEIROS JUVENIS, a todos os quase 40.000 pessoas que vêm somando as grandes plateias que já tiveram acesso ao Projeto Escola da Paz: é necessário usar esse lastro de energia positiva que essa geração começa a conquistar, para transformar nossas escolas em locais de paz, harmonia e realizações. A construção do respeito mútuo, do fim do bullying, do respeito ao professor, do respeito aos pais, da organização de associações estudantis, devem ser as prioridades. Não há ato mais cívico e heroico do que recuperar nossas escolas por dentro. Assim melhor se lutará por educação de qualidade.

HAVERÁ QUEM QUEIRA MANIPULAR O LASTRO POSITIVO OBTIDO NO DIA DE HOJE para reivindicações rasteiras e imediatistas, eleitoreiras, inclusive. Enxerguem mais longe, jovens! Façam as transformações de fundo. Organizem-se! Debatam! Mudem sua casa, sua escola, sua rua, seu bairro! Quando essas transformações pela base acontecem, aí sim, essa geração poderá se inscrever com orgulho no rol definitivo dos vitoriosos!

AO PESSOAL DO ESCOLA DA PAZ, não esqueçamos que um dia programamos realizar uma grande e bela caminhada pela paz nas escolas, com as Escolas da Paz. Quem sabe não está chegando a hora de partir do sonho à prática?

O DIA NÃO ACABOU, as próprias manifestações seguem e torço muito para o que o dia acabe muito bem, para que não se perca nem uma goa dos sucessos alcançados. Aliás, caros jovens, não esqueçam que há que se organizar também a DISPERSÃO. O fato de essas caminhas não terem clímax nítido (um comício, uma negociação, algo assim) pode deixar sempre a impressão de que existe algo a ser feito e dar margem a iniciativas individuais ou de grupelhos irresponsáveis.

MAS ACHO QUE O BRASIL HOJE DORME um pouco ingênuo ainda, algo desorganizado ainda, mas viçoso de esperança, porque colhe a flor da luta. E isso é muito. Dormiremos melhor.
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quinta-feira, 13 de junho de 2013

AINDA DÁ TEMPO!!!! E ESSE TEMPO DEPENDE DE TODOS NÓS

 
 
Profa. Célia Cristina do Amaral
DISCURSO na cerimônia de 12/06/2013
 
Boa Tarde!! Sou professora da Rede municipal, Meu nome é Célia Cristina. Não posso deixar de agradecer a direção da ESCOLA DOM CINTRA pelo CONVITE e principalmente pela confiança que hoje me foram dados.
O prazer é sem tamanho de poder falar uns minutinhos sobre o belíssimo trabalho do nosso amigo (amigo mesmo!!!!) Denilson, afinal ele veio nos "apresentar" uma mão amiga...estendida... em uma época em que nossas escolas enfrentam problemas mil e que necessitam de uma solução... IMEDIATA
Ao longo desses últimos meses, desde que o Projeto "Escola da Paz" foi apresentado às instituições, venho pensando no quanto todos nós - comunidade, alunos, pais,professores, escola – temos um papel de extrema importância – coisa que até então, confesso ter colocado em outros ombros a culpa (se assim posso chamar) e atrevo-me dizer que não apenas EU...acredito que todos nós. No entanto, ESTE PROJETO veio mudar nossa maneira de pensar e agir... SIM!!!!!!! AGIR!!!!! Não basta uma palestra... o "choque" ... a Surpresa... isso cai no esquecimento.... O Denilson começa...cabe a todos nós a continuidade...as mudanças, que certamente são conquistadas de forma GRADUAL... não existe um milagre... são atitudes diárias.. engajadas... integradas...

Queremos...sonhamos com uma juventude...uma escola transformada... uma escola onde o sobrenome seja PAZ!!! Que seja verdadeiramente uma instituição de ensino!!! Uma escola COM PAZ é certamente uma sociedade transformada... uma família modificada...
Posso dizer, sem medo de um equívoco... que a instituição que abraçou esse Projeto já sente as mudanças que começaram a surgir. Eu, aqui hoje posso falar sobre a Escola Municipal Dom Cintra, no qual demos verdadeiramente os braços e "brigamos" pela PAZ!!!!!!!! É um trabalho coletivo, onde TODOS queremos a mesma coisa... e já colhemos os primeiros frutos, quando escutamos um aluno que diz : "Professora, o Joãozinho tá implicando com Pedrinho...eu já conversei com ele, ta?" e aí citam frases... palavras ditas pelo Denilson e repetidas por todos nós na escola- é... isso que eu chamo de trabalho coletivo
O Futuro.... o que esperamos?????? INICIATIVA!!!!! É necessário o primeiro passo... a primeira atitude... o resto é perpetuação...continuidade...
O Tema "ESCOLA DA PAZ" não é tema apenas de palestra...é tema diário... e assunto de aula... é questão de textos interpretativos... de debates... é o nosso DIA A DIA... dar aula é muito fácil.... formar CIDADÃOS é amar o que se faz!!!!
Como funcionária da Rede Municipal há 25 anos...posso dizer, sem o menor de medo de estar iludida: AINDA DÁ TEMPO!!!! E ESSE TEMPO DEPENDE DE TODOS NÓS!!! Vou um pouquinho mais longe... a PAZ precisa vir primeiro de DENTRO... dos corações dos nossos jovens transformados por essa sociedade CRUEL... por famílias destruídas e instituições que por vezes esqueceram o VERDADEIRO significado da palavra EDUCAR!!!!!
Não sei se aqui, hoje, me cabe o que vou dizer agora....mas EU (Escola Dom Cintra) e todos os profissionais que lá estamos a cada manhã... antes de qualquer caneta tocar o quadro... qualquer livro ser aberto... começamos NOSSOS trabalhos de PAZ com a oração do Pai Nosso... e é a Este Pai que agradeço em nome dos profissionais de educação da REDE MUNICIPAL DE PETRÓPOLIS a Mão AMIGA que o Denilson nos estendeu... e espero poder dizer que o retorno já chegou e que TODAS nossas mãos estarão UNIDAS em prol da PAZ.... ASSIM ESPERAMOS!!!!!!!!!!
 
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Obs - Publiquei aqui este excelente discurso porque
- à parte o carinho das citações ao meu nome - 
ele diz bem de como este Projeto pode ter sucesso:
SE CADA UM FIZER A SUA PARTE! -
Parabéns, Professora Célia, por nos dar recado
tão correto, direto e necessário!

NOS JORNAIS




VIDEOS DA CERIMÔNIA - Coral e Compromisso

quarta-feira, 12 de junho de 2013

QUE CERIMÔNIA TÃO ESPECIAL!!!






































































Preciso escrever direito sobre isso, mas por ora, só vou liberar os bons sentimentos...Que dia tão ESPECIAL foi este! Que cerimônia bonita! Que energia tão... tão... tão da paz!!!! Vocês todos fizeram muito bonito, viu? Saí de lá orgulhoso, esperançoso e emocionado!
Encher o teatro como vocês encheram foi uma demonstração de força, não do Projeto, mas de cada um que resolve fazer de si mesmo um militante do bem, das boas causas, da cidadania, da Escola da Paz!
Foi muito bonito ver o Willian e a Gabriela tão na beca, lindos que estavam, dirigindo a cerimônia. 16 e 15 anos só, eles têm! E mandaram bem, foi ou não foi! São Agentes da Cidadania da primeira turma que fizemos, do 1º semestre de 2012.
Que coisa linda aquela Coral “Canta Gunnar”, que nos encantou com sua inspiração!
Que firmeza demonstrou a bela Nayara! Como conduziu com voz bacana, segurança e sinceridade aquele Compromisso dos Agentes!
Que discursos bonitos fizeram o Pedro e a Michele! Do nervosismo para a demonstração de capacidade, coragem e... vitória! Representaram bem esta 3ª turma de Agentes!
Que linda a Rafaela conduzindo com aquele cabelinho vermelho, com aquela voz forte, o momento de fé e comunhão que foi a oração do Projeto!
Palavras lúcidas e motivadoras do Marcelo, Comissário da Vara da Infância, em nome do Juiz, e da Fátima, Subsecretária, falando em nome da Secretária!
Palavras bacanas de mãe, proferiu a D. Claudinea, representando todos os pais que participaram o Projeto.
E aquele discurso da Profª Célia... o que é que foi aquilo? Certeiro, na mosca! Dizendo de como o projeto e bacana e coisa e tal, mas como, no fundo, só funciona se cada um fizer a sua parte! E que bacana ela noticiando que na escola os alunos já estão buscando fazer a sua parte!
Que bom que a Profª Valéria fez uma fala show de bola pra proceder à entrega da proposta de debate sobre Regulamento Disciplinar, e que bom que as escolas se mostraram conscientes dessa necessidade, as diretoras procurando o ofício pra assinar! Isso é atitude, compromisso!
E que legal aquela chamada das escolas! Que faixas bacanas vocês levaram! Que cartazes bonitos! Que coisa linda ficou aquela plateia colorida de cartazes, faixas, sorrisos, e alegres caras de zumbi (pelo menos nas fotos com máquina ruim, todo mundo com olho vermelho... rsrsrs)!
Que legal a Cida ser homenageada com aquele parabéns!
E... fala sério! E a D. Ila! Que exemplo, que dignidade, que fala bonita, que força e emoção passou a todos nós!
E aquela foto das Diretoras e Professoras, como ficou bacana, essas guerreiras lindonas, muitas parceiras de primeira hora, que levam a sério o Projeto e, por isso, colhem bons frutos!
Que legal que o jornal foi lá cobrir o evento (tanto o Diário quanto a Tribuna apareceram). A Nayara e o Pedro deram entrevista pro jornal, olha só!
Foi um dia para não esquecer. Para guardar e lembrar.... adivinha?... “daqui a 20 anos!”... rsrsrs
Parabéns, escolas: Amélia A. Rabello, Augusto Pugnaloni, Beatriz Zalescki, D. Cintra, D Pedro de Alcântara, Dr. Paula Buarque, Dr. Theodoro Machado, Fábrica do Saber, Germano Valente, Gov. Marcelo Alencar, Guerra Peixe, Gunnar Vingren, Hercília Moret, João Kopke, Johan Noel, Lot. Samambaia, Luiz Carlos Soares, Mons. João de Deus, Padre Corrêa, Pref. Jamil Sabrá, Jandira Bordignon, São Geraldo, Sérgio Ribeiro Rocha e Sta Terezinha!!!!! (Espero não ter esquecido ninguém, como ocorreu na cerimônia por causa da minha caduquice!!!!! rsrsrs) Obrigado, equipes das escolas!!!!!
Que todo mundo leve pra sempre o compromisso que lá assumiu: fazer Escolas da Paz! Começa na sua sala de aula! Deus a todos abençoe!!!